O ANTES, O AGORA E O DEPOIS...
No sítio casinhas antigamente
Nas casas a mobília era sem brilho
Na frente da sala “pés” milho,
Batata doce constantemente
Os namorados sentavam no batente
As galinhas olhavam no terreiro
Uma bica, um pilão e um candeeiro
De barro e vara um banco na latada
Uma pexêra, uma foice, uma enxada
Era assim a casa do roceiro
Vaidade e luxo quem tinha um rádio
TV era coisa do exterior
Esse povo chamado de doutor
Precisava era ser milionário
Ô povo arretado e sem maldade
O galo era o único seresteiro
O simples aboio do vaqueiro
Era a música comum desse lugar
O trovão era motivo pra alegrar
Estrondando no início de janeiro
Na cidade Casinhas hoje em dia
Tem som, tem TV e geladeira
Casas com mobília de primeira
Casinhense tem doutor e é letrado
A roça que antes era cultivado
Hoje foi abolido e não tem mais
Em Casinhas a diferença se faz
A melhora de vida a avançar
Todos podem até viajar
De avião porque de ônibus, jamais.
Nos retalhos dessa mudança
Nós podemos perceber
O ANTES gera saudade
Quem não sentir pode dizer
O AGORA vai se fazendo
Dum jeito a merecê
Um DEPOIS muito tranquilo
Com ajuda do divino
Tanto pra mim, como pra “ocê”.
Autora: Egmar Santos
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