Ponto alto foi o show de Dominguinhos, na Praça do Arsenal da Marinha.
Antes disso, público acompanhou percurso ao som de 100 sanfoneiros.
As ruas do Bairro do Recife foram tomadas por quase cem sanfoneiros e centenas de pessoas dançando forró, na noite desta quinta-feira (7), para homenagear o centenário de Luiz Gonzaga. A 8º Caminhada do Forró teve também a presença de Dominguinhos, que comandou o show no palco montado na Praça do Arsenal, junto com Beto Hortis e Cezzinha Thomas, em um encontro de gerações no palco.
Simples, Dominguinhos chegou saudando a todos e exaltando o Rei do Baião. Clássicos como "Asa Branca" e "Respeita Januário" fizeram parte do show no palco e também do repertório tocado pelos sanfoneiros pelas ruas do centro da cidade, durante a caminhada que levou centenas de pessoas.
Helena da Silva e Erenildo Rodrigues fizeram sucesso na Caminhada do Forró (Foto: Katherine Coutinho / G1)
Erenildo Rodrigues, o "Nildo do Boneco'', veio junto com Helena Silva e seus bonecos para forrozar no Recife. "Além de homenagear Luiz Gonzaga, a gente mostra a força do forró. É a melhor festa do ano", acredita Helena. "A gente esteve também na abertura do São João de Caruaru. É muito bom o carinho do público", conta Nildo, que era parado a todo instante para tirar foto.
Defensor do forró e do São João tradicional, o médico Arivaldo Leite não perde a caminhada. Com a esposa, Josefa Ferreira, ele acompanhou todo o percurso, desde a Rua da Moeda. "São João tem que ser assim, com forró pé-de-serra. A gente tem que preservar as nossas raízes", acredita. "É muita gente, mas Deus me livre de não vir um ano para a caminhada. Eu amo isso aqui", declara-se a aposentada Eneida Alessandrina.
Tocando sanfona desde os sete anos de idade, José Luduvico participa do evento desde o primeiro ano. "Comecei a tocar sanfona no interior, em um engenho. Vir aqui é um prazer, é a hora de encontrar os amigos", diz ele. "Isso aqui tem uma energia sem igual. Essa caminhada significa a nova era do Gonzagão. Ele está mais vivo do que nunca", conta o sanfoneiro Daniel Bento.
Antônio e Anita Telles vieram de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, vestidos de matuto. "Não tem nada como um bom xote", defende Antônio, que dançou o percurso inteiro com a esposa. "Esse é o primeiro ano que venho, me surpeendeu. É muito melhor do que imaginava", dizia, impressionado, o aposentado Adilson Silva.
Boneco gigante do Rei do Baião também acompanhou a caminhada, junto com os sanfoneiros (Foto: Katherine Coutinho / G1)
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